Usando objetos de diferentes substâncias, podemos modificar a experiência de Cavendish para mostrar que apenas as massas determinam a atração gravitacional. Variando as posições relativas das massas grandes e pequenas, podemos verificar a lei do inverso do quadrado para distâncias dentro do laboratório e não mais para distâncias planetárias. Foram feitas muitas modificações na experiência de Cavendish, e, até agora, a lei de gravitação universal de Newton tem-se mostrado consistente com tôdas elas.


22 -11. Uma Pequena Discrepância.

Decorreram quase trezentos anos desde que Newton estudou a gravitação. Durante êsse tempo, a lei de gravitação foi verificada pelos cálculos mais minuciosos dos movimentos dos planêtas e de seus satélites. Em quase todos os casos, os cálculos predisseram órbitas em concordância com as observações. Há, entretanto, uma exceção: uma irregularidade extremamente pequena na órbita do planêta Mercúrio, que não é predita pela lei de gravitação de Newton.

Mesmo que seja dirninuta a discrepância, torna-se necessário melhorar a teoria para explicá-la.

Tal aperfeiçoamento foi proposto por Albert Einstein, em sua teoria geral da relatividade. No cerne dessa teoria está a notável equivalência entre massa inercial e massa gravitacionai. Einstein fundiu-as numa única entidade. Sua teoria é construida sôbre a de Newton, tal como êste construiu a sua sôbre os trabalhos de Galileu e Kepler. Da teoria de Einstein decorrem todos os resultados da teoria de Newton (mas os cálculos são mais difíceis). Efetivamente, quando dizemos que dá os mesmos resultados, queremos dizer que as diferenças entre as predições da teoria gravitacional de Einstein e as
da mecânica de Newton são usualmente tão pequenas que não podem ser fàcilmente observadas. Somente em circunstâncias excepcionais podem ser observadas as diferenças previstas. A órbita de Mecúrio é uma dessas raras exceções. Aqui as predições de Einstein relativas à órbita levam ao acordo da teoria e da observação.


PARA CASA, CLASSE E LABORATÓRIO

1. Procure observar a posição de um dos planêtas em relação às estrêlas fixas, uma ou duas vêzes por semana, durante um mês ou dois. Comece fazendo um mapa das estrêlas em tôrno do planêta. Marque a nova posição do planêta nesse mapa, a cada observação.

2. Outra sugestão: As quatro luas maiores de júpiter podem ser vistas com um binóculo razoàvelmente bom. Uma delas se move tão depressa que seu movimento em relação a Júpiter pode ser detetado por observações a intervalos de apenas algumas horas. Com seu binóculo, observe as posições das luas em tôdas as noites claras, durante três semanas.
(a) Marque suas posições em relação a Júpiter, para cada observação;
(b) Você pode determinar o período de revolução de cada lua?
(c) Qual dessas luas é a mais próxima de júpiter?

3. As estrêlas fixas completam uma revolução em cêrca de um dia, vistas por um observador na Terra. Determine a duração aproximada das seguintes revoluções:

(a) A esfera das estrêlas fixas, vista por alguém na Lua;
(b) A Terra em tôrno da Lua vista da Lua.
(c) O Sol visto da Lua. Parece o Sol girar como se fôsse uma das estrelas fixas? Parece girar mais depressa ou mais devagar? Lembre que a Terra e a Lua giram em tôrno do Sol urna vêz por ano.

4. A órbita da Terra em tôrno do Sol é quase circular e a Lua move-se numa trajetória quase circular em tôrno da Terra. O raio da órbita da Terra é 1,5 X 1011 metros, e o da órbita da Lua, 4 X l08 metros.

(a) Quantas vêzes a Lua passa entre a Terra e o Sol?
(b) Que distância percorre a Lua em tôrno do Sol, no intervalo de tempo entre duas de suas passagens sucessivas entre a Terra e o Sol?
(c) Trace num mesmo desenho as órbitas da Terra e da Lua em tôrno do Sol.
(d) Aparentaria a Lua movimento retrógrado, se fôsse vista por um observador situado no Sol? (Movimento retrógrado é semelhante ao que está indicado na Fig. 22-2).

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