PROBLEMA 11
(a) A que altura deve estar um satélite, movendo-se no plano
do equador, para permanecer sôbre um mesmo lugar, no equador
da Terra? Um modo de obter a resposta consiste em comparar êsse
satélite com a Lua, que dista 59,5 raios terrestres do centro
da Terra, e leva 27 dias para contorná-la.
(b) Qual a aceleração do satélite na direção
da Terra?
(c) Usando a lei do inverso do quadrado e o valor de g na superfície
da Terra, determine o campo gravitacional à altura do satélite.
Compare com a resposta obtida em (b).
a) O satélite permanecerá imóvel relativamente
a um ponto sôbre a superfície da Terra, se seu período
T fôr o mesmo que o da Terra, aproximadamente, um dia (realmente,
365/366 do dia).
O raio da órbita do satélite pode ser encontrado pela
terceira lei de Kepler e pela informação de que a Lua
está a 59,5 raios terrestres do centro da Terra, e gira uma
vez em cada 27 (27,3) dias. Seja Rs e Rl os
raios da órbita do satélite e da órbita da Lua,
e Ts e Tl seus períodos.
=  |
Rs = (
)1/3 = |
= = 6,6 raios da
Terra. |
Como o raio da Terra é 6,4 x 106 m, Rs
= 6,6 x 6,4 x 106 m = 4,2 x 107 m. A altura
do satélite, acima da superfície da Terra, seria 4,2
x 107 m - 6,4 x 106 m = 3,6 x 107
m.
b) O satélite seria acelerado para a Terra com um valor:
a = ( )
2R =
= 0,22 m/s2.
c) A fôrça devido à gravidade e, portanto, a aceleração
devido à gravidade é proporcional a 1/R2.
Assim, a aceleração g, na altura do satélite
e g, na superfície da Terra, estão relacionadas, como
se seguem:
gs =
; gt =  |
gs
=
= 9,8 m/s2 x (
)2 = 0,23 m/s2 |
Portanto, vimos na parte (b) que se pode determinar a aceleração
a paltir de R e T, sem usar a lei do inverso do quadrado da fôrça,
e, na parte (c), que podemos determinar a aceleração
a partir de g, na superfície da Terra, utilizando a lei do
inverso do quadrado. Êstes foram os dois métodos empregados
por Newton, para calcular a aceleração da Lua
(veja no texto, páginas 60-62).
PROBLEMA 12
Um satélite circunda a Terra em 98 minutos, à altura
média de 500 km. Calcule a massa da Terra. As massas dos planêtas
são realmente calculadas pelos movimentos dos satélites,
e uma das razões para colocar em órbitas satélites
artificiais da Terra é que se deseja obter um valor melhor
para a massa da Terra. Como foi estabelecido na Seção
22-10, G = 0,667 X 10-10 m3/kg.s2.
A terceira lei de Kepler estabelece que R3/T2
é uma constante para os movimentos de todos os satélites,
mas não especifica a natureza da constante.
Empregando a lei da gravitação universal, podemos igualar
a fôrça centrípeta à fôrça
gravitacional sôbre o satélite (se a órbita fôr
conhecida). Logo, se designarmos a massa do satélite por ms,
e a da Terra por mt,
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