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Ambas são razoavelmente
precisas. Cada uma permite-nos predizer onde veremos determinado
planêta em dado instante. A diferença está
no ponto de vista. A descrição kepleriana nos parece
mais simples. Kepler seguiu Copérnico ao escolher as estrêlas
fixas como referencial em relação ao qual são
especificados os movimentos planetários e, como Copérnico,
tomou o Sol como origem a partir da qual são medidas as
posições planetárias. É mais simples
descrever os movimentos planetários usando o Sol como origem
do que descrevê-los como são vistos da Terra e, a
partir desta descrição simples, podemos deduzir
que aparência terão os movimentos planetários
quando observados da Terra.
Por outro lado, não há êrro em descrever o
movimento diretamente, usando a Terra |
como origem. Apenas é dificil e confuso, porque os movimentos
que vemos parecem complicados e irregulares. É uma questão
de conveniência e não de princípio a escolha do
sistema de referência que usamos em cinemática.
A situação é semelhante à de um homem, parado
na calçada, seguindo o movimento de um ponto na borda da roda
de um carro (Capítulo 6). Êle vê o ponto mover-se
numa trajetória cicloidal, com uma velocidade que varia periodicamente
de zero a um valor máximo. Entretanto, um homem que descreva
o movimento em relação ao eixo da roda acha que o ponto
se move com velocidade constante segundo um círculo. Ambos estão
certos; e, se levamos em conta o movimento do eixo em relação
ao solo, as duas descrições são equivalentes. Exatamente
do mesmo modo, a descrição geocêntrica e a heliocêntrica
podem ser equivalentes, como o são os sistemas de Tycho Brahe
e de Copérnico (Figs. 22-6 e 22-7); escolhermos um ou outro é
questão de conveniência. Para a navegação,
por exemplo, o ponto de vista geocêntrico é preferivel
- não nos interessa saber como pareceriam simples os movimentos
se observados do Sol. O que desejamos é saber onde estamos quando
vemos os planêtas em certas direções em determinados
instantes. Consequentemente, a liguagem geocêntrica ainda hoje
é usada na navegação marítima e aérea.
TABELA 3 |
Modêlo em Escala do Sistema
Solar |
É impossível mostrar
num desenho pequeno, na mesma escala, os tamanhos relativos e
as distâncias dos planetas. A tabela seguinte dá
alguma idéia dos tamanhos relativos e das distâncias
tomando como referência objetos comuns. Para obter as verdadeiras
dimensões do sistema solar, cada dimensão deveria
ser multiplicada por 4,4 X 109. |
Objeto no sistema solar |
Objeto no modelo |
Distância ao "sol" |
Sol
Mercúrio
Vênus
Terra
Marte
Júpiter
Saturno
Urano
Netuno
Plutão
Estrela mais próxima
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Bola de basquete
Metade de uma cabeça de alfinete
Semente de maçã
Semente de maçã
Pequena semente de maçã
Bola de golf
Bola de ping-pong
Bola de gude
Bola de gude
?
Bola de basquete
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13 m
25 m
34 m
52 m
180 m
320 m
0,65 Km
1,0 Km
1,3 Km
8 X 103 Km |
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