Prof. Dr. Manoel Oriosvaldo de Moura
Norma 1: Matemática como Resolução de Problemas
Andréia
Cristina Mendonça
Márcia
Mayumi Chinen
Priscila Moraci Engelberg
Roberta Bellinato
Vera Lúcia dos Santos
Data: 23 de Novembro de 1999
Resumo
Análise Crítica
De acordo com a "Norma 1" apresentada pela Standards form School Mathematics of National Council of Teachers of Mathematics, a resolução de problemas deve ser um tema central presente dentro da matemática e não constituir-se apenas como um ponto distinto. Assim, entendida a matemática favorece a aprendizagem de conceitos e desenvolve o interesse dos alunos, na medida em que o aluno propõem estratégias de raciocínio e maneiras de solucionar um problema.
O ensino da matemática não deve restringir-se apenas à temas e conceitos abstratos, mas sim, deve fazer parte de situações problemáticas concretas que fazem parte do cotidiano do aluno. Dessa forma, as atividades poderão tornar-se significativas.
"A resolução de problemas deve ser parte integral" das práticas matemáticas, estimulando a exploração de situações desafiadoras pelo aluno, promovendo, assim, a aprendizagem de conceitos matemáticos.
Nesta perspectiva, é preciso que o professor crie situações específicas em projetos, favorecendo o desenvolvimento da "confiança, perseverança e espirito investigativo" nas atividades matemáticas. (COMISSION)
Ainda, devemos lembrar que trabalhando em conjunto o aluno será incentivado/motivado e sentir-se-á parte importante no processo de solucionar um problema, principalmente se o assunto for do seu cotidiano.
Além de propiciar o desenvolvimento da aspectos cognitivos, o ensino de matemática deve ser considerado como mais uma "linguagem" que o aluno deve servir-se, na medida em que o aluno,a partir desta nova linguagem, pode interagir com o mundo que o cerca.
Após a leitura da Norma 1 "A matemática como resolução de problemas", refletimos sobre alguns pontos relevantes. Consideramos a proposta da "Comission on Standards form School Mathematics of National Council of Teachers of Mathematics" muito interessante no que se refere à teoria propriamente dita. Porém, as atividades são muito limitadas e portanto, não contemplam toda a gama de conteúdos abordados neste documento.
Nosso grupo acredita que os problemas sejam um modo de ensinar os conteúdos de matemática, sendo portanto, o eixo norteador do processo de ensino.
A partir de situações de resolução de problemas, o educador pode facilitar a elaboração de hipóteses e interpretação do enunciado pelo aluno possibilitando que o educando articule os conhecimentos matemáticos com suas experiências.
Além disso, consideramos que as práticas matemáticas favorecem o desenvolvimento de um "campo conceitual de problemas" na medida em que o aluno participa de diversas situações-problemas.
Nosso grupo, concorda com a definição de problema apresentada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática. De acordo com os PCNs, problema é " uma situação que demanda a realização de uma seqüência de ações ou operações para obter um resultado. Ou seja, a solução não está disponível no inicio, mas é possível construi-la." (p. 44/ PCN)
Contudo, não adianta apenas aplicarmos a técnica para resolvermos problemas... Os alunos precisam testar suas respostas e compará-las, valorizando o processo de produção de suas hipóteses. Somente assim, o aluno poderá inserir-se enquanto sujeito ativo e participante na construção do conhecimento.
A resolução de problemas não deve ater-se somente à utilização de técnicas e cálculos, mas sim, deve estar voltada para si mesma enquanto " atividade formadora de ensino ", na qual aluno e professor podem aprender. (MOURA)
Neste sentido, pensamos que a resolução de problemas não deve ser uma atividade a ser considerada como algo à parte durante o processo de construção do conhecimento matemático, já que este tema é pertinente a todos os outros conteúdos, sendo impossível segmentá-los.
A partir da resolução de problemas, consideramos que conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais possam ser trabalhados, promovendo o desenvolvimento integral do educando.
Ainda, pensamos que o ensino da matemática está diretamente relacionado a questão da cidadania, pois sem esta "ferramenta" nossos alunos estarão com sua participação social limitada. Na sociedade em que vivemos devido às suas constantes mudanças tecnológicas, os conhecimentos tornam-se ultrapassados rapidamente, e por isso, devemos preparar os alunos para enfrentar situações novas e desafiadoras. Ou seja, nossa preocupação enquanto educadores, precisa estar voltada para a formação de "cidadãos matematicamente alfabetizados" . (DANTE)
