Página Inicial
     Apresentação
     Pesquisadores
     Atividades
     Sinopses
     Livros publicados
     Vídeos
     Marca-texto
     Workshop
     Projetos concluídos
     Projeto em andamento
     Banco de dados
     Produção escrita
     Revista
     Links
     Contato
    IX WORKSHOP PRODUÇÃO ESCRITA E PSICANÁLISE (2013)


    CADERNO DE HANDOUTS
    CONCLUSÕES DO IX WORKSHOP PRODUÇÃO ESCRITA E PSICANÁLISE

    Leitura e escrita: Alquimia?

    23 e 24 de outubro de 2013


    APRESENTAÇÃO

    São Paulo, 02 de outubro de 2013.

     

               Em uma época em que muitos reclamam da falta de valor do saber e das profissões a ele ligadas, torna-se mais importante do que nunca que cada qual possa inventar sua “pedra filosofal”, aquela que, segundo os antigos, funcionava como uma metáfora de transformação: da mente povoada pelas insignificâncias (metal banal) para a mente habitada pela sabedoria (ouro).

    Em busca desta transmudação, ao longo do ano percorremos dois caminhos paralelos. Do ponto de vista intelectual, estudamos “A escritura e a diferença” de Jacques Derrida (São Paulo: Perspectiva, 2011). Para não abrir mão da poïesis, lemos dois volumes de Patrick Ruthfuss: “O nome do vento: A crônica do matador do rei. Primeiro dia” (São Paulo: Arqueiro, 2009) e “O temor do sábio: A crônica do matador do rei. Segundo dia” (São Paulo: Arqueiro, 2011).

    Cabalisticamente, sete grandes interrogações dão o fio condutor para os dois dias de debate:

     
    1) Em que medida é possível aprender ou ensinar, para além de qualquer teoria, a forma do mundo?

    2) De que maneira as relações no interior da Universidade impactam a produção do conhecimento?

    3) Os poderes e hierarquias existentes no contexto universitário se modificam a partir de uma leitura mais acurada das obras lidas?

    4) A modificação dos referidos poderes e hierarquias tem alguma correlação com a quantidade ou qualidade da produção intelectual?

    5) É preciso desconstruir uma obra e os seus pressupostos para inaugurar uma criação?

    6) Quando, durante a realização de uma pesquisa, é necessário considerar a intuição juntamente com o raciocínio?

    7) O quanto, das construções e das desconstruções feitas, pode ser recuperado por meio do estudo da produção de quem o fez?

     
               Você é muito bem-vindo nesses dois dias de jornada, durante os quais desejamos construir respostas criativas, responsáveis e, acima de tudo, factíveis, para estas interrogações. Se, como se lê no excerto a seguir, Rothfuss criou um mundo de ficção no qual o futuro da Universidade se anunciava sombrio, nesta versão do Workshop desejamos recuperar uma mágica que, talvez, nunca tenha existido.

     

    Há muito tempo [...] homens e mulheres vinham para a Universidade estudar a forma do mundo. [...] Os nomeadores caminhavam por estas ruas como pequenos deuses. Faziam coisas terríveis, maravilhosas, e todos os outros os invejavam. [...] Um alquimista sem nenhuma capacidade de denominar era visto como algo lamentável, não mais respeitado que um cozinheiro [...] Todos vinham aprender os nomes das coisas [...] Mas não se pode ensinar denominação por meio de regras ou memorização. Ensinar alguém a ser nomeador é como ensiná-lo a se apaixonar. É um caso perdido. Não pode ser feito. (Patrick ROTHFUSS, 2011, p. 315)


    Cordialmente,

     

    Claudia Rosa Riolfi

    Valdir Heitor Barzotto